quarta-feira, 5 de março de 2014

Conveniências - Dois pesos e duas medidas explicam a inversão de valores e o vitimismo cristão


Sempre ouvimos cristãos falarem da moral e dos bons costumes do cristão, do caráter do cristão, da bondade do cristão, do amor cristão, et cétera e tal do cristão como se o fato de ser cristão fosse uma comprovação de moral, caráter, bondade, amor ao próximo, etc. Não precisamos pensar muito para enxergar a extrema arrogância nesta forma de pensar. No entanto, não bastasse toda essa arrogância de expor aos demais que tudo que não é cristão é ruim, imoral, sem caráter, malvado, etc, eles ainda se fazem de vítimas, sempre dizendo que são mal interpretados por apenas prezarem pela família e a moralidade. Chegam ao ponto de dizer que são perseguidos em um país de maioria absoluta cristã.

Não precisamos pesquisar muito para vermos que isso é uma completa inversão de valores, tendo em vista que:
A grande maioria de presidiários crê em deus e a maior parte deles crê no deus cristão;
A bancada evangélica é a mais corrupta, a mais faltosa e a mais corporativista;
Utilizam-se da desculpa de evangelizar, se intrometendo e tentando impor seus dogmas na vida dos demais;
Se utilizam de argumentos mentirosos para tentar explicar "cientificamente" as baboseiras escritas na bíblia;
Se aproveitam da fé de seus próprios "suditos" para enriquecer ilicitamente;
Se utilizam do "sagrado" para impor o medo do inferno às pessoas, conseguindo assim, mais seguidores.

Eu poderia ficar aqui o dia inteiro listando as incongruências de tal crença, mas esta introdução serviu a penas para facilitar a abordagem de algo que me incomodou muito durante esse carnaval. Nesta última segunda feira de carnaval, a caminho do centro do Rio de Janeiro, para curtir um pouco do carnaval carioca (não sou adepto desta manifestação cultural, mas sou fã do Bloco Cru que toca clássicos do Rock'n Roll), presenciei faixas de cristãos benevolentes em espaço público e trajeto de foliões, pedindo para lêem a bíblia. Chegaram ao ponto de montarem um coral com cerca de 500 participantes pedindo para os foliões deixarem de ir para a "perdição". O simples fato de participar de um bloco de carnaval, na opinião deles, faz com que os demais, sejam pessoas perdidas, sem caráter, sem amor.

Lamentável como, em pleno século XXI, ainda presenciamos atitudes desse tipo, que só fazem segregar as pessoas.

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